POSSÍVEL

É possível fazer uma video performance sem delimitar contornos específicos? Como tornar a própria experiência um catalisador de novas ideias e ao mesmo tempo captá-las?
POSSÍVEL tem como principal divisor, a obrigatoriedade do envolvimento com as interferências e detalhes do ambiente, o abandono de um pensamento central que trace uma regra, como um “roteiro”, e parta a um perambular de forma espontânea com a cena que se constrói.
Possível investiga as inter-relações possíveis dos corpos distintos de dois artistas com as atmosferas cotidianas, tecendo imagens entre tudo que nos atravessa: o ambiente, a câmera não profissional, os sons, cheiros, os objetos encontrados pelo caminho. Com o entendimento que cada possibilidade é uma parte indispensável para a efetivação da criação artística, borrando e diminuindo as fronteiras entre a arte e a vida. É possível, de fato, separar estes dois?
Possível foi construído em meio a desencontros, ele era algo concreto e na hora deixou de ser; possível é a possibilidade do que podemos fazer, da falta de tempo, das possibilidades e impossibilidades. Possível ainda é possível de acontecer.

O QUE É POSSÍVEL DE FAZER COM O NADA, A MONOTONIA, O ACASO, O NÃO-PLANEJADO?